Webloyalty

Um em cada cinco retalhistas já geram pelo menos 20% das suas receitas fora da sua atividade principal

Os especialistas da Webloyalty identificaram as 10 tendências-chave que irão marcar o futuro do sector em 2025: retail media, venda através de criadores de conteúdo, sustentabilidade, parcerias cross-sector, inteligência artificial, os e-commerces evoluem para marketplaces, redefinição do ponto de venda, aposta nos valores da marca, diversificação de fontes de receita e fusões e aquisições

O sector do retalho encontra-se num estado de transformação constante, impulsionado pela tecnologia, pelas expectativas em mudança dos consumidores e por um panorama económico dinâmico.

Especialistas da Webloyalty, empresa líder na geração de receitas adicionais para e-commerce através de uma solução de Retail Media, identificaram as 10 tendências-chave que marcarão o futuro do sector em 2025. Estas tendências, que redefinem a experiência do consumidor e a forma como as marcas operam, serão cruciais para navegar neste panorama em mudança, prosperar no futuro do retalho e ter sucesso num ambiente cada vez mais competitivo.

2025 marcará um ponto de viragem para o sector do retalho, definido pela inovação, pela sustentabilidade e por uma profunda orientação para o cliente. As marcas que se alinharem com estas tendências-chave estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios e capitalizar as oportunidades que um mercado em constante evolução apresenta. Desde a ascensão do Retail Media até a personalização impulsionada pela inteligência artificial, estas transformações estão a redefinir não só a experiência de compra, mas também o papel do retalho na vida diária do consumidor, onde a agilidade, a autenticidade e a adoção de tecnologias avançadas serão cruciais para o sucesso“, revela Eduardo Esparza, VP General Manager da Webloyalty Iberia & Brasil.

  1. Retail media: consolida-se como um motor-chave do sector, transformando a publicidade digital e posicionando os retalhistas como atores principais. Este modelo, baseado na segmentação e personalização graças aos dados dos clientes, oferece um ROI mais direcionado do que os meios tradicionais. Com um investimento em mercados como o do Reino Unido projetado acima das 7.000 milhões de libras, e um gasto global estimado em 166.000 milhões de dólares para 2025 (eMarketer), o crescimento do Retail Media é imparável.
  • Influenciadores: em 2025, mais de metade das marcas planeiam aumentar o seu orçamento para criadores de conteúdo (LTK e Northwestern University), impulsionadas pelo crescente mercado de influenciadores de moda, avaliado em 6.820 milhões de dólares em 2024 (Grand View Research). Estes influenciadores desempenham um papel crucial nas decisões de compra, oferecendo recomendações autênticas e confiáveis, especialmente valiosas para as gerações mais jovens. Plataformas como o TikTok, o Instagram e o YouTube não só facilitam a descoberta de produtos, como também permitem compras diretas, combinando a imediatez digital com uma forte ligação emocional entre marcas e consumidores.
  • Sustentabilidade: a sustentabilidade é também uma prioridade essencial para o sector do retalho. De acordo com o Diverstech Global Guide to Sustainable Retail Industry 2025, os consumidores querem que os retalhistas os ajudem a adotar um estilo de vida mais sustentável e exigem que as marcas tomem a iniciativa: 64% querem que reduzam as embalagens, 50% desejam informação sobre como reciclar e 46% precisam de esclarecimentos sobre a origem dos produtos. Programas de revenda, aluguer e reparação ganham adeptos, o que permite às marcas captar a atenção de consumidores que procuram um consumo mais consciente. As empresas que priorizam a sustentabilidade não só satisfazem consciências, como também melhoram os resultados financeiros.
  • Cross-sector: as colaborações estratégicas entre marcas de diferentes sectores ou com audiências distintas perfilam-se como uma tendência-chave. Estas parcerias, que permitem explorar novos públicos e oferecer experiências únicas, impulsionam a captação de clientes, com um crescimento estimado de 23% (Nestify). Exemplos como a colaboração entre a Deliveroo e a Hurr para o aluguer de roupa, a coleção da Mango com Victoria Beckham ou a aliança da Netflix com La Romana Dal 1947 para a estreia de “Os Bridgerton”, demonstram o potencial destas sinergias para gerar impacto, aportar valor ao consumidor e posicionar as marcas como inovadoras e relevantes.
  • Inteligência artificial: a inteligência artificial, com um mercado projetado em 45.740 milhões de dólares para 2032 (Precedence Research), consolida-se como uma força transformadora no retalho que veio para ficar e crescer. Os consumidores procuram experiências personalizadas que se ajustem às suas necessidades, e a IA permite às marcas oferecer precisamente isso. Através da análise de dados, são geradas recomendações e experiências segmentadas que melhoram a satisfação do cliente e fomentam a fidelização, demonstrando uma profunda compreensão dos seus desejos.
  • Marketplaces: a ascensão dos marketplaces próprios apresenta-se como outra tendência de destaque, permitindo aos retalhistas ampliar o seu catálogo com produtos de terceiros, sem os riscos associados ao inventário. Para além de gigantes como a Amazon, exemplos como o marketplace da Superdrug, que integra produtos de parceiros estratégicos com a sua oferta tradicional, demonstram como diversificar e adaptar-se às demandas do mercado. Este modelo oferece ao consumidor uma experiência mais completa, com maior comodidade e variedade num único ponto de compra.
  • Pontos de venda: apesar do contínuo crescimento do comércio eletrónico, as lojas físicas não perdem terreno e reinventam-se como centros de experiência, integrando tecnologia e personalização. Conceitos como zonas “instagramáveis”, espaços de lazer e gastronomia, provadores virtuais, lojas sem contacto e pontos de recolha online transformam o papel da loja tradicional. Esta fusão do físico e do digital cria ambientes atrativos que fortalecem o vínculo entre marcas e consumidores.
  • Autenticidade: tornou-se um valor fundamental para as marcas, com 88% dos consumidores a considerá-la um fator-chave nas suas decisões de compra (Stackla). Num mercado onde a lealdade é cada vez mais difícil de conquistar, as marcas que projetarem coerência e transparência nos seus valores, desde a sustentabilidade até a suacomunicação, ganharão a confiança do consumidor e posicionar-se-ão como líderes.
  • Fusões e aquisições: o panorama económico impulsiona a consolidação no setor do retalho, com grandes empresas a adquirirem marcas menores para fortalecer a sua posição e expandir o seu alcance. Exemplos como a aquisição da Aēsop pela L’Oréal, a compra do Supercor pela Carrefour em Espanha, ou a intenção da Aldi de adquirir a Winn-Dixie e a Harvey’s Supermarket, ilustram esta tendência. Fusões e aquisições redefinem a competitividade, favorecendo as empresas com maior capacidade de inovação e adaptação, enquanto muitas empresas menores lutam para sobreviver.
  1. Diversificação de fontes de receita: a diversificação de receitas tornou-se uma prioridade estratégica para os retalhistas. Em 2025, o modelo de uma única fonte de receita será obsoleto. As empresas líderes transformam as suas plataformas em ecossistemas multifuncionais, integrando opções como anúncios ou localizações de destaque para gerar receitas recorrentes. Os espaços comerciais evoluem do transacional para o imersivo, combinando comércio, eventos e subscrições para oferecer experiências dinâmicas. De facto, 18% dos retalhistas já geram pelo menos 20% das suas receitas fora da sua atividade principal, segundo o estudo “Beyond the Core” da Webloyalty e BRC.